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Assediar é cercar, sitiar, é também insistir de modo impertinente e se necessário hostil. Queremos renovar o uso e o abuso desta palavra através de um esforço de renovação do teatro como força activa e combativa (seja lá isto o que for). 

excerto do texto do primeiro programa da ASSéDIO (1998)

 

 

Desde a sua criação, em 1998, que a Assédio tem desenvolvido aquilo que se orgulha de apresentar como um dos mais consistentes trabalhos de criação teatral em Portugal em torno das dramaturgias contemporâneas.

 

Nestes vinte anos assegurou a revelação de diversos textos e autores, atenta ao que se escreve no espaço cultural ocidental, mas apostando também na pesquisa de mecanismos interpeladores, tanto ao nível temático como formal.

 

Podemos dizer que é um colectivo artístico capaz de assegurar autonomia e identidade artísticas. Esta maturidade, não só é dada pela experiência das pessoas que o compõem, como pela construção de um percurso feito de fortes cumplicidades cultivadas nas colaborações artísticas e humanas e na manutenção de diálogo sobre a prática teatral, condições essenciais para a permanente atualização das linguagens criativas de cena.

 

Hoje, com a mudança das condições físicas, económicas e sociais, assumimos estar num novo ciclo de projetos. Lançamo-nos nesta demanda, deitando mão ao nosso histórico, renovando linguagens e aproximações, ampliando os públicos, desfrutando das condições que uma sala própria nos oferece.

 

É no encontro da coerência da escolha de repertório com a renovação das linguagens cénicas, que a Assédio tem assentado a qualidade e distinção do seu trabalho. Tem sido através de um saber acumulado pela experiência e de uma inquietação alimentada pelo fazer, que este coletivo tem construído a sua identidade e a relação com o público.

 

Mantendo a nossa matriz de teatro de autor de repertório contemporâneo, algumas das estreias de textos de autores como Martin Crimp, Caryl Churchill, Harold Pinter, Brian Friel, Wallace Shawn, Conor McPherson, Marie Jones, Jennifer Johnston, Gerardjan Rijnders, Luigi Lunari e Marie Laberge, Rafael Sepregelburd assumiram da nossa parte um risco definitivamente ganho.

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